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3. A Amazônia

Beto Ricardo/ISA, 2008.
O limite utilizado pela Raisg nesta publicação (8.470.209 km²) é uma soma das maiores extensões territoriais considerando os três critérios antes mencionados: biogeográfico, bacia hidrográfica e limites político-administrativos, de acordo com as particularidades de cada país amazônico. Dessa maneira, apresentamos como resultado um limite conformado por: i) os limites biogeográficos da Amazônia na Colombia, Venezuela, Guyana, Suriname e Guyane Française; ii) os limites da bacia amazônica no Ecuador, Perú e Bolivia e iii) a soma dos limites da bacia (Amazonas e Tocantins-Araguaia) e os limites administrativos da Amazônia Legal no Brasil.
Estes são os números que correspondem à análise:
Extensão: 8.470.209 Km²
Bacia hidrográfica:: (Rios Amazonas, Tocantins-Araguaia e Marajó)- 6.925.918 Km²
Mapa: Limites da Amazônia e suas diferentes perspectivas. Limite de Raisg, a bacia e o limite biogeográfico
A Amazônia é fundamental nas estratégias globais de conservação da biodiversidade, já que abriga uma grande diversidade de paisagens, com diferentes histórias geológicas e evolutivas, uma grande diversidade de espécies de flora e fauna, assim como de outros reinos biológicos, que em muitos casos só estão presentes nesta região do mundo. Além disso, evidências científicas indicam que a Amazônia possui a mais extensa floresta tropical do mundo.
Mapa: Tipos de vegetação na Amazônia
Para entender por que essa diversidade de vida e paisagem permanece preservada, é necessário reconhecer o papel dos povos indígenas na conservação de seus territórios por meio de suas tradições e costumes. Territórios Indígenas ocupam 27,5% da Amazônia, ou seja, 2,3 milhões de km². Nesses territórios vivem em 410 grupos indígenas, dos quais 82 estão em isolamento voluntário e não foram contatados por outros povos ou sociedades.

Além disso, estima-se que a Amazônia possua 33,5 milhões de habitantes, dos quais 62,8% (20,9 milhões de pessoas) vivem em áreas urbanas.
As cidades da Amazônia têm diferentes ritmos de crescimento. Apesar disso, os ciclos esconômicos estão fortemente relacionados com a presença de atividades extrativas (legais ou não), com o desenvolvimento de atividades agropecuárias ou de exploração florestal, inclusive de cultivos de uso ilícito. Isto promove um movimeto migratório para esses centros urbanos, tanto de pessoas de outras partes dos países, como de jovens indígenas em busca de oportunidades. Em muitos casos os novos habitantes são integrados a cidade em situação de marginalização ou segregação, sem respeito a suas tradições, mais voltadas à subsistência e práticas ambientalmente sustentáveis.