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7. Mapas síntesede pressões e ameaças

Bruno Kelly / Amazônia Real, 2020.
A partir da base de unidades de anális pré-definidas de 2.000 km², encontramos que mais da metade da Amazônia (65,8%) está sob algum tipo de pressão instalada ou em curso, sejam elas atividades extrativas, como a exploração de petróleo e minerais, o desenvolvimento de infraestrutura viária, a atividade agropecuária ou a presença de hidrelétrica. As unidades que sofrem maior pressão se localizam nas regiões periféricas da região amazônica, nas zonas montanhosas e de piemonte situadas na Amazônia Ocidental, especialmente no Ecuador, ao norte da Venezuela e, ao sul, no Brasil.

Considerando o panorama regional, todos os países têm a maior parte de seu território amazônico sob algum tipo de pressão, com predominância de níveis de impacto moderado e alto. O Ecuador se destaca como o caso mais dramático, com 88% de seu território amazônico impactado por algum tipo de pressão, sendo que mais da metade (63%) com níveis de pressão alta (18%) e muito alta (45%).
Mapa: Síntese de pressões na Amazônia
As ameaças no território amazônico, entendidas como projetos ou atividades que se espera que ocorram no futuro, atingem 27% de sua superfície, as quais apresentam risco potencial de impacto “moderado ”(9%),“ alto ” (12%) e “muito alto” (2%). O Peru se destaca como o país com maior extensão de sua Amazônia sob ameaça (42%), com risco potencial de impacto “muito alto” devido a projetos de desenvolvimento de estradas e hidrelétricas, bem como pela exploração de petróleo.
Mapa: Síntese de ameaças na Amazônia
No caso do Brasil e da Venezuela, 27% e 18% de seus territórios, respectivamente, encontra-se sob alguma ameaça, que estão associadas a projetos hidroelétricos e minerários com níveis de risco "muito altos". Em outros países da região a ameaça de extração mineral também está presente, embora com o indicador “muito baixo”. A Bolívia possui uma extensa área de exploração de hidrorocarbonetos, seguida por mineração e hidrelétricas. Desta forma, 15% do seu território está exposto a uma ameaça "média a muito alta". A Colômbia não apresenta áreas de ameaça "muito alta". No entanto, a possibilidade de mineração e exploração de petróleo permanece em seu território amazônico. Vale destacar que nestes casos estamos falando de atividades legais.